A terapia dos Esquemas foi desenvolvida por Jeffrey Young, um psicólogo nascido nos Estados Unidos, em 1950. Ele é membro do corpo docente do departamento de Psiquiatria da Universidade de Columbia e diretor do Schema Therapy Institute e do Cognitive Therapy Center.
Young leciona há mais de 25 anos e completou a sua formação teórica e clínica na Universidade da Pensilvânia. Ele compartilhou o espaço com pesquisadores como Aaron Beck, Joseph Wolpe e Minucchin.
O A terapia dos esquemas tem foco na construção do senso de identidade, da capacidade de autocontrole, da comunicação, da autonomia e do senso de competência. Os esquemas se baseiam em dois pilares: identificar os esquemas comportamentais e o estilo de enfrentamento.
O esquema é um padrão que determina comportamentos e pensamentos que podem ter papel disfuncional e, consequentemente, causar sofrimento.
Eles são causados por situações, que provocaram um impactos na vida do sujeito, a ponto de ele NÃO ter suas necessidades emocionais atendidas. Tais necessidades seriam:
» Segurança
» Proteção
» Autonomia
» Liberdade para se expressar
» Limites e autocontrole
A partir do entendimento dos próprios esquemas, é possível criar um repertório comportamental mais adequado à realidade e às necessidades do indivíduo. Contudo, o indivíduo ainda pode ter problemas de enfrentamento, descritos por Young em 4 estilos:
1. Evitação: fugir das responsabilidades.
2. Abandono: sentimento de incapacidade e impotência.
3. Contra-ataque: postura defensiva e reativa, com violência nas circunstâncias.
4. Defeituosidade: sentimento de inadequação.
Portanto, é preciso ter cuidado para não os confundir com os esquemas em si. Os estilos se formam para responder os esquemas, mas não fazem parte deles. Os esquemas são mais complexos, constituídos de padrões emocionais e cognitivos, levando a essas respostas desadaptativas.
A partir das intervenções construídas em terapia, o sujeito pode se tornar saudável, satisfazendo, de modo adaptativo, necessidades que estão divididas em cinco grandes grupos:
1. Vínculos seguros com outras pessoas;
2. Autonomia;
3. Limites realistas e autocontrole;
4. Liberdade de expressão;
5. Espontaneidade e lazer.
A partir da consciência dos esquemas, ou seja, desses estilos de comportamento, pensamentos e emoções disfuncionais o paciente é conduzido, através de um profundo acolhimento do terapeuta em sessões humanizadas e próximas ao enfrentamento destes esquemas. É feito um movimento de contato com essas questões que trazem sofrimento de forma que possam ressignificar e assim desenvolver uma vida emocional mais saudável, leve e feliz.